Padilha usou policiais paulistas para evitar pirataria de "Tropa de Elite 2"

Posted by PojucaONLINE On 19:32 0 Comentário(s) - Deixe o seu!


Até de fascista o cineasta José Padilha foi chamado por causa de "Tropa de Elite" (2007), um dos dez maiores sucessos do cinema brasileiro desde a "Retomada" e Urso de Ouro no Festival de Berlim de 2008. Longe de chateá-lo, na época, isso o deixou surpreso. Três anos depois, a menos de um mês do lançamento de "Tropa de Elite 2", ele explica que não vê por onde seu filme possa ser classificado como defensor de uma forma de regime político partidário que nasceu na Itália na primeira metade do século 20.

"O meu filme é sobre a polícia do Rio de Janeiro, uma organização esculhambada, em que os caras são corruptos e que tem um grupo de malucos que tortura", disse ele em entrevista exclusiva ao UOL Cinema, no escritório da assessoria de imprensa do filme, em São Paulo. "O Bope não quer fechar o Parlamento [e nem exportar o modelo fascista para outros países, como aconteceu na Itália]. Não tem nada a ver com o facismo o filme 'Tropa de Elite'. É uma ótima controvérsia, sem o menor fundamento. Mas que botou o filme na ordem do dia."

Quando "Tropa de Elite 2" entrar em cartaz, no dia 8 de outubro, o espectador avançará dez anos no tempo em relação ao primeiro filme. E a ação transcorrerá durante cinco anos que culminam em um processo eleitoral. O capitão Nascimento, agora promovido a coronel, abandonou a corporação e foi guindado à esfera política. "Você vai ver um universo ampliado", diz Padilha. "A moral do filme não é carioca mais, é brasileira. Você vai ver o capitão Nascimento entrando numa zona que é desconfortável para ele, em que não sabe o que está acontecendo direito. Você vai ver os valores dele serem questionados pelo resultado do que ele faz."